Dia de Yemanjá: 'não somos uma religião do mal'
por Thayanne Magalhães
(02/02/2011 10:50)
Hoje, dia 2 de fevereiro, é o Dia de Yemanjá, comemorado pelo Candoblé, religião afro-brasileira que tem a maioria de seus adeptos na Bahia. Segundo Ozéias Avelino, que faz parte do movimento em Maceió, esta data é comemorada em Alagoas junto com o dia de Nossa Senhora da Conceição, em 8 de dezembro. “São poucas as casas de Candoblé em Alagoas que comemoram hoje. Esta data é mais comemorada em Salvador, porque é dia do Senhor dos Navegantes. Mas, de qualquer forma, o dia de Yemanjá é dia 2 de fevereiro, e nós fazemos as oferendas à deusa do mar, mesmo que não haja comemorações”, explicou.
Ozéias contou, em entrevista ao Primeira Edição, que a oferendas jogadas ao mar significam o agradecimento dos adeptos do Candoblé pela proteção dada pela rainha do mar e pelas graças alcançadas. “As oferendas são presentes. Fazemos nossos pedidos e como forma de agradecimento pelas graças alcançadas e pela proteção de Yemanjá, oferecemos colônias, perfumes, sabonetes, espelhos, peixes e frutas”.
Discriminação O Candoblé, segundo Ozéias, ainda é muito discriminado em Maceió. “A gente faz as oferendas, realizamos cultos na praia, mas ainda existe uma ‘cortina’. As pessoas têm medo, veêm nossa religião como feitiçaria, macumba, coisa do mal, mas nós só estamos cultuando os seres da natureza. As pessoas deveriam ter uma visão diferente do Candoblé. Não é uma religião do diabo, que faz o mal”, afirmou.
“Toda e qualquer religião brasileira tem o direito de cultuar, de fazer suas oferendas e orações, sem que as pessoas tenham essa visão ‘negra’. Nossa religião é como outra qualquer”, concluiu Ozéias Avelino.
A história de Yemanjá Yemanjá significa mãe dos filhos-peixe. Filha de Olokum, deusa do mar. Diz a lenda que era casada com Olófim Oduduá, com quem tinha dez filhos orixás. Por ter amamentá-los demais, ficou com seios enormes.
Certo dia, impaciente e cansada de morar na cidade de Ifé, Yemanjá saiu em rumo oeste, onde conheceu o rei Okerê. Logo dos dois se apaixonaram e casaram.
Yemanjá, envergonhada com o tamanho de seus seios, pediu ao esposo que nunca a ridicularizasse por isso. Okerê concordou, mas, um dia embriagou-se e começou a caçoar sobre os enormes seios da esposa.
Muito entristecida, Yemanjá fugiu. Conta a lenda que desde menina ela trazia num pote uma poção, que o pai lhe deu para que ela usasse em casos de perigo. Durante a fuga, Yemanjá caiu e quebrou o pote, A poção transformou-se num rio cujo leito seguia em direção ao mar.
Okerê, diante do ocorrido, transformou-se numa montanha para barrar o curso das águas. Ele não queria perder a esposa. Mas, Yemanjá pediu ajuda ao filho xangô, que partiu a montanha ao meio com um raio.
E dessa forma o rio seguiu para o oceano, e a orixá se tornou a rainha do mar.
Ozéias contou, em entrevista ao Primeira Edição, que a oferendas jogadas ao mar significam o agradecimento dos adeptos do Candoblé pela proteção dada pela rainha do mar e pelas graças alcançadas. “As oferendas são presentes. Fazemos nossos pedidos e como forma de agradecimento pelas graças alcançadas e pela proteção de Yemanjá, oferecemos colônias, perfumes, sabonetes, espelhos, peixes e frutas”.
Discriminação O Candoblé, segundo Ozéias, ainda é muito discriminado em Maceió. “A gente faz as oferendas, realizamos cultos na praia, mas ainda existe uma ‘cortina’. As pessoas têm medo, veêm nossa religião como feitiçaria, macumba, coisa do mal, mas nós só estamos cultuando os seres da natureza. As pessoas deveriam ter uma visão diferente do Candoblé. Não é uma religião do diabo, que faz o mal”, afirmou.
“Toda e qualquer religião brasileira tem o direito de cultuar, de fazer suas oferendas e orações, sem que as pessoas tenham essa visão ‘negra’. Nossa religião é como outra qualquer”, concluiu Ozéias Avelino.
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Certo dia, impaciente e cansada de morar na cidade de Ifé, Yemanjá saiu em rumo oeste, onde conheceu o rei Okerê. Logo dos dois se apaixonaram e casaram.
Yemanjá, envergonhada com o tamanho de seus seios, pediu ao esposo que nunca a ridicularizasse por isso. Okerê concordou, mas, um dia embriagou-se e começou a caçoar sobre os enormes seios da esposa.
Muito entristecida, Yemanjá fugiu. Conta a lenda que desde menina ela trazia num pote uma poção, que o pai lhe deu para que ela usasse em casos de perigo. Durante a fuga, Yemanjá caiu e quebrou o pote, A poção transformou-se num rio cujo leito seguia em direção ao mar.
Okerê, diante do ocorrido, transformou-se numa montanha para barrar o curso das águas. Ele não queria perder a esposa. Mas, Yemanjá pediu ajuda ao filho xangô, que partiu a montanha ao meio com um raio.
E dessa forma o rio seguiu para o oceano, e a orixá se tornou a rainha do mar.