Gaddafi volta à TV e Ocidente discute aliança na Líbia
Obama fala com Sarkozy para discutir o papel da aliança militar ocidental na ofensiva
Do R7, com agências internacionais
O ditador líbio, Muammar Gaddafi, fez nesta terça-feira (22) sua primeira aparição pública desde o início dos ataques da coalizão contra o avanço das forças do regime sobre as cidades controladas pelos rebeldes. No mesmo dia, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o americano, Barack Obama, "concordaram sobre as modalidades de utilização das estruturas de comando da Otan [aliança militar do Ocidente] no apoio à coalizão", tentando por fim a desavenças entre os aliados.
Em Trípoli, onde está isolado, Gaddafi disse na breve aparição que sairá “vitorioso no final”. O regime líbio tem registrado várias baixas e danos com o avanço da coalizão. A ação militar internacional está sob críticas de aliados, que divergem sobre quem estará no comando das operações.
No mesmo dia, a Casa Branca anunciou que EUA, França e Reino Unido concordaram que a Otan deveria ter "um papel-chave" no comando da operação militar da coalizão internacional na Líbia. O governo americano já avisou que o país deixará o comando das operações assim que as defesas áreas da Líbia forem destruídas.
Além dos EUA, a França e o Reino Unido têm sido os protagonistas na ofensiva aliada. Segundo um comunicado da Presidência francesa, Obama e Sarkozy "concordaram sobre a necessidade de prosseguir com os esforços para garantir a plena aplicação das resoluções" do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Otan diz estar preparada
A Otan assumirá o controle do embargo de armas ao regime líbio e diz estar preparada para participar do estabelecimento de uma zona de exclusão aérea, anunciaram nesta terça-feira (22) seus países membros, até agora muito divididos sobre o papel da aliança na ofensiva contra Gaddafi.
De acordo com o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, o almirante James G. Stavridis, comandante de operações, "mobiliza barcos e aviões no Mediterrâneo Central" para inspecionar e, se necessário, interceptar navios suspeitos de transportar armas ilegais ou mercenários. Obama insistiu nesta segunda-feira (21) que a Otan "desempenhará um papel" em um prazo de "vários dias, e não semanas".
Algumas nações, como Itália, Bélgica, Dinamarca, Noruega e Canadá, que também participam dos esforços da coalizão, exigem a transferência rápida do comando das operações para a Otan.
Gaddafi bombardeia Misrata
Forças leais ao ditador da Líbia lançaram uma ofensiva em Misrata, terceira maior cidade da Líbia. O local foi alvo nesta terça-feira de intensos bombardeios de tanques e artilharia das forças leais ao líder, afirmou Sadon el Mehmeraty, um dos porta-vozes rebeldes na localidade, à rede de TV Al Jazeera.
O porta-voz indicou que os ataques das forças do regime com tanques e projéteis vêm ocorrendo há horas. Segundo ele, entre as vítimas, há quatro crianças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu Comentário será analizado , tenha Respeito aos Leitores e a si mesmo...