Ministrada pela secretária de Saúde, Indianara Franco, e pela agente de vigilância em Saúde, Isabel Cristina Santos, a palestra teve duração de uma hora e meia e abordou assuntos como as formas de prevenção contra a dengue, os sintomas da doença e, é claro, a situação dela em Viamão. O principal objetivo, segundo a secretária de Saúde, era conscientizar os professores a respeito da criação de projetos de capacitação nas escolas: “Hoje, se perguntarmos a uma criança de cinco anos o que ela deve fazer para a prevenção da dengue, ela saberá nos responder. Todos nós sabemos o que fazer, a questão é se estamos colocando isso em prática, e os dados mostram que não”, afirma Indianara. A secretária continua: “Nós sabemos de trabalhos excelentes que algumas estão fazendo e queremos ampliar isso”,
A secretária diz que Viamão precisa de uma mudança de atitude: “A dengue não está lá, ela está aqui, as pessoas precisam ter consciência disso. Se não houver mudança de atitudes, Viamão poderá, sim, ter uma epidemia de dengue”. Indianara afirma que a doença não é apenas uma responsabilidade da Secretaria da Saúde, mas de toda a população.
Dengue também é doença de inverno
A secretária, para mostrar que a doença é coisa séria, explica que antigamente a dengue era tida como uma doença de verão, mas hoje já existem casos que ocorreram no inverno. Para ampliar ainda mais a conscientização, Indianara diz que as reuniões de família são o momento certo para conversar com os parentes e que os projetos nas escolas não devem ser feitos apenas para cumprir calendário, eles devem ter o intuito de realmente conscientizar os alunos.
Isabel Cristina Santos, que também palestrou sobre a dengue, suas formas de prevenção e sintomas, acredita que se cada um tiver mais conhecimento a cada dia que passa e levar esse conhecimento para dentro de casa e para os outros ambientes em que vive, a mudança de atitude já estará presente. “Nós temos trabalhado incansavelmente para não trazer a dengue para Viamão”, conta Isabel.
Professores preocupados
Os professores também participaram da palestra dando sua opinião e tirando dúvidas. Muitos se mostraram preocupados com o trabalho que está sendo realizado nas escolas das zonas rurais e a agente de Vigilância em Saúde esclareceu que o cuidado é o mesmo das zonas urbanas: “Nós temos cuidado com as duas áreas e podemos afirmar que o mosquito não chegou à zona rural, por enquanto ainda não temos essa preocupação”, explica.
Os professores se manifestaram a respeito de lixos e entulhos que são deixados nas ruas e a secretária de Saúde explicou que estão em busca de uma legislação no município que possa aplicar multas, pois há muita resistência por parte dos donos dos imóveis em retirar os lixos. O que se pode fazer, segundo Indianara, é denunciar através do Fala Cidadão. A denúncia é feita de forma anônima e é encaminhada à Secretaria da Saúde, que comparece ao local para verificar. A secretária explica que nem sempre é possível resolver tudo, pois existem cerca de 80 mil imóveis no município e cerca de 90 agentes: “Estamos trabalhando para ampliar a equipe”, afirma.
A DVS dispõe de tampas de caixa d’água à população e a Secretaria da Saúde está disponibilizando para as escolas banners e folders sobre a dengue, além de palestras nas escolas e o acompanhamento dos projetos.
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