Protestos pró e contra governo elevam tensão na capital do Iêmen
Sob pressão, presidente diz que está pronto para deixar o poder, mas não pode confiar na oposição
Dezenas de milhares de manifestantes participam nesta sexta-feira de protestos rivais na capital do Iêmen, Sanaa, uma semana após 50 pessoas terem sido mortas em uma manifestação. Enfrentando crescentes protestos contra suas três décadas de governo, o presidente Ali Abdullah Saleh afirmou nesta sexta-feira que está pronto para deixar o poder, mas não confia na oposição.
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Saleh fez uma rara aparição diante de uma multidão de partidários reunida do lado de fora do palácio presidencial na capital, Sanaa.
"Não queremos o poder, mas precisamos passá-lo para mãos confiáveis, não para mãos de ódio e corrupção", afirmou, chamando a oposição de "pequena minoria de traficantes, rebeldes e corruptos". "Estamos prontos para deixar o poder, mas queremos fazer isso de forma apropriada. O nosso povo deve escolher seus líderes".
Em outra parte da capital, milhares de manifestantes pediam a renúncia do líder, no que a oposição promete ser o maior protesto antigoverno desde fevereiro. O Iêmen está sob estado de emergência desde 18 de março, quando dezenas de manifestantes foram mortos nos arredores da Universidade de Sanaa.
Para tentar conter os protestos, Saleh ofereceu uma nova eleição presidencial em janeiro de 2012, em vez de setembro de 2013, quando seu mandato termina. Mas o líder continua enfrentando protestos e baixas importantes no governo.
Uma das mais notórias foi a do general Ali Mohsen al-Ahmar - que era um aliado próximo de Saleh. O general aderiu aos manifestantes antigoverno, aumentando ainda mais a pressão sobre o regime.
Com AP e BBC
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