Em entrevista exibida neste domingo no programa Fantástico, o bancário Ricardo Neis deu sua versão sobre o atropelamento a 17 ciclistas, ocorrido há dois meses, e que ganhou os noticiários do mundo todo. Autuado por tentativa de homicídio, ele conseguiu na semana passada uma medida jurídica para responder em liberdade pelo crime. O atropelador conta que agiu "por impulso".
Veja a entrevista completa:
Fantástico: O que aconteceu naquele dia?
Ricardo Neis: Naquele dia, eu estava indo levar meu filho na casa da mãe dele, ele tinha passado a noite toda comigo, e era sexta-feira, ele ia passar o fim de semana com ela. Fecharam o trânsito e tomaram conta da rua ali. Eu parei o carro, alguns deles se atiraram para cima do capô, outros deram alguns socos ali, né? E eu fiquei bastante nervoso, meu filho também, então eu procurei apaziguar. Baixei o vidro, disse para eles que não precisavam fazer daquela maneira, por que havia lugar para todo mundo na via. Quando ultrapassei, aí eu vi que eles se enfureceram. Então, nesse momento, eles realmente começaram a agredir o carro, quebraram o espelho, deram várias batidas mais fortes, aí então, meu guri tava em pânico, eu fiquei em pânico também e procurei fugir.
Fantástico: O que aconteceu naquele dia?
Ricardo Neis: Naquele dia, eu estava indo levar meu filho na casa da mãe dele, ele tinha passado a noite toda comigo, e era sexta-feira, ele ia passar o fim de semana com ela. Fecharam o trânsito e tomaram conta da rua ali. Eu parei o carro, alguns deles se atiraram para cima do capô, outros deram alguns socos ali, né? E eu fiquei bastante nervoso, meu filho também, então eu procurei apaziguar. Baixei o vidro, disse para eles que não precisavam fazer daquela maneira, por que havia lugar para todo mundo na via. Quando ultrapassei, aí eu vi que eles se enfureceram. Então, nesse momento, eles realmente começaram a agredir o carro, quebraram o espelho, deram várias batidas mais fortes, aí então, meu guri tava em pânico, eu fiquei em pânico também e procurei fugir.
Fantástico: Mas o senhor não poderia ter pego à direita ou uma outra rua, e evitado esse atropelamento?
Neis: Se soubesse que iria haver uma agressão pior, poderia ter feito isso antes. Eu agi de forma instintiva, a minha intenção era sair dali.
Fantástico: Mas o senhor estava com raiva naquele momento?
Neis: Não, eu estava em pânico, eu estava com medo. Eu tava com medo.
Fantástico: O senhor não poderia ter evitado aquele atropelamento conjunto, em massa?
Neis: Se eu pudesse prever o que aconteceria, se eu pudesse prever a agressão, mas eu teria que ter uma bola de cristal.
Fantástico: Não era melhor o senhor parar o carro e pedir ajuda a um policial, tentar desviar?
Fantástico: Mas o senhor estava com raiva naquele momento?
Neis: Não, eu estava em pânico, eu estava com medo. Eu tava com medo.
Fantástico: O senhor não poderia ter evitado aquele atropelamento conjunto, em massa?
Neis: Se eu pudesse prever o que aconteceria, se eu pudesse prever a agressão, mas eu teria que ter uma bola de cristal.
Fantástico: Não era melhor o senhor parar o carro e pedir ajuda a um policial, tentar desviar?
Ricardo: Como? Não haveria tempo, não haveria.
Fantástico: Mas o senhor poderia ter matado algum ciclista...
Neis: Eu agi por impulso.
Fantástico: O senhor agiu por vingança?
Neis: De maneira nenhuma, agi por instinto de fuga. Você há de convir comigo que você não pode ter uma manifestação, uma passeata no meio do trânsito, né? Acho que é incompatível.
Fantástico: O senhor se sente um monstro no trânsito?
Neis: Não, não...
Fantástico: E o senhor é calmo dirigindo?
Neis: Sim, sim, claro. Eu ando conforme a situação. Eventualmente, é claro, eu já tive multas, mas nada além do normal.
Fantástico: O senhor sente algum remorso?
Neis: Claro que eu pensei muito nisso, claro que isso que você está colocando eu me pergunto muito: será que eu avaliei certo aquele momento? Eu realmente penso isso.
Entenda o caso:Neis: Claro que eu pensei muito nisso, claro que isso que você está colocando eu me pergunto muito: será que eu avaliei certo aquele momento? Eu realmente penso isso.
Na sexta-feira, 25 de fevereiro, pouco depois das 19h,pelo menos 15 ciclistas foram atingidos por um Golf, na Rua José do Patrocínio, na área central de Porto Alegre. Oito deles foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro e liberados algumas horas depois. O motorista fugiu do local. O carro foi encontrado na madrugada de sábado, abandonado em um bairro da zona leste da Capital.
O motorista foi identificado pela polícia como Ricardo Neis, 47 anos, funcionário do Banco Central. Na segunda-feira, 28 de fevereiro, Neis se apresentou à Polícia Civil e alegou legítima defesa dele e do seu filho de 15 anos.
Na terça, 1º de março, a Justiça decretou a prisão preventiva de Neis, que foi detido pela Polícia Civil em um hospital da zona sul de Porto Alegre. A defesa do atropelador queria que ele ficasse preso no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF). Uma avaliação médica não diagnosticou em Neis doença psiquiátrica, portanto, ele foi encaminhado ao Presídio Central.
todo o preso que esta agora"guardado"naquele presidio onde deveria ter no máximo 1500 presos e hoje tem cinco mil presos,todos não pensaram na hora ,fizeram e pronto,mas a diferença dos cinco mil presos para este sem vergonha descarado é que ele tem como pagar um advogado,ele tem grana,cadeia não é lugar para rico,pelo menos neste país,o país da impunidade...
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