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terça-feira, 5 de abril de 2011

A Boeing e Aviação Mundial


05/04/2011
 às 10:56 \ Voo AF447 (Rio-Paris)

“As caixas pretas vão falar”

A descoberta dos destroços do Airbus A330 da Air France cuja queda no Oceano Atlântico matou 228 pessoas, causou entusiasmo raro nos investigadores do Escritório de Investigações e Análises (BEA) da Aviação Civil da França. O sentimento só não é mais expansivo publicamente devido ao respeito as vítimas. Uma fonte próxima às investigações das causas da tragédia com o voo AF 447 (Rio-Paris) disse hoje ao Blog de Paris: “As caixas pretas vão falar”.

As duas caixas pretas contém os registros sonoros com a voz dos pilotos e mais de 700 parâmetros técnicos sobre o voo logo antes do momento da queda. As informações são capitais para se descobrir as causas do acidente ainda desconhecidas oficialmente.
O otimismo do BEA se sustenta em primeiro lugar pelas boas condições em que os destroços foram encontrados. A maioria das partes do avião estão concentradas em um zona relativamente pequena, um retângulo de 200 metros por 500 metros. A hipótese de que as caixas pretas não estejam junto os destroços, na parte traseira da aeronave, é muito remota.
A questão que se coloca é se os registros das caixas pretas não foram danificados. Isso devido ao forte do impacto do Airbus com a superfície do mar, a pressão submarina a 3 900 metros de profundidade e finalmente, a corrosão provocada pelo contato com a água salgada durante quase dois anos. Nenhum destes fatores parece forte o suficiente para demolir a esperança dos investigadores do BEA, tradicionalmente bem arredios quando se trata de formular hipóteses.
As caixas pretas do Airbus A330 foram construídas para resistir um choque de 3 400 G, a temperatura de 1 100 graus centígrados durante uma hora e uma pressão submarina de 6 000 metros de profundidade. Tudo indica que o avião acidentado esteve dentro dos limites da resistência. Ainda: se as fotografias feitas pelo submarino-robô REMUS 6 000 mostram intactas partes do avião muito menos resistentes que as caixas pretas, por que elas estariam danificadas?
Resta saber sobre o aspecto da corrosão marítima. Neste caso é preciso recorrer aos precedentes. O voo 574 da companhia Adam Air caiu no mar de Java no dia 1 de janeiro de 2007. As caixas pretas foram recuperadas só no final de agosto do mesmo ano. Ou seja, oito meses depois do acidente. Os dados estavam intactos. O voo 870 da Itavia que fazia o trajeto Bolonha-Palermo mergulhou no Mar Tirreno no dia 27 de junho de 1980. As caixas pretas foram encontradas dez anos depois. Apesar de terem sido danificadas pelo incêndio, os registros resistiram a corrosão marítima durante uma década.
Finalmente, há o caso do voo da South Africa Airlines que fazia o trajeto Taiwan-Joanesburgo. O Boeing 747-200 da companhia africana caiu no Oceano Índico perto das Ilhas Maurício. As caixas pretas foram recuperadas a mais de 4 000 metros de profundidade, quatorze meses depois da queda. Os técnicos puderam explorar os dados.
Se a recuperação das caixas pretas é dado quase como certo, o resgate dos corpos das vítimas, conservados pela baixa temperatura no fundo do mar e pela inação das bactérias de decomposição, revela-se operação delicada. Devido a profundidade, a manipulação do resgate será feita por braços mecânicos de veículos submarinos comandados por controle remoto. Muitos corpos ainda estão presos às poltronas pelos cintos de segurança. Há também a questão ética e emocional, alguns parentes já manifestam o desejo de que se deixe os restos mortais de seu entes queridos em paz.
Por Antonio Ribeiro

Webjet revisará três aeronaves por recomendação da Boeing

Empresa possui 24 aviões do modelo 737-300, o mesmo que sofreu pane da Southwest Airlines; três têm chassi convocado para "recall"

Marina Gazzoni, iG São Paulo | 05/04/2011 11:51

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A Webjet atenderá a recomendação da Boeing e fará a revisão de três aeronaves de sua frota. Ao todo, a companhia possui 24 modelos Boeing 737-300, o mesmo que apresentou um defeito durante um voo da Southwest Airlines na última sexta-feira. A maioria das aeronaves não precisará ser revisada, pois não está na série que foi convocada para nova inspeção pela Boeing.
O procedimento é muito semelhante a um “recall” de veículos. A fabricante de aeronaves divulga o modelo e o número de série das aeronaves que terão que ser inspecionadas. Por isso, apenas três aeronaves da Webjet foi enquadrada pela Boeing no “recall”.
A companhia informou que as aeronaves já fazem inspeções regularmente, mas que farão uma nova revisão assim que a Boeing emitir as orientações para a realização do procedimento. Até lá, as aeronaves continuam em operação.
A falha
Durante voo da Southwest Airlines um buraco na fuselagem do aeronave forçou a companhia aérea a realizar um pouso de emergência nos Estados Unidos. Os passageiros ouviram um barulho e puderam ver o buraco no meio da cabine, de acordo com informações da Reuters.
Após o incidente, a Boeing recomendou a revisão de algumas unidades do mesmo modelo. O Boeing 737-300 começou a ser operado em 1984.

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