Laurent Gbagbo cercado pelo assalto final das forças rivais
O Presidente cessante da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, está na residência presidencial cercado pelas forças rivais, que lhe lançaram um último assalto. Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como o novo chefe de Estado, terá dado ordens para que Gbagbo não seja abatido.
Os disparos de armamento pesado começaram a ser ouvidos perto da residência em Abidjan (Luc Gnago/Reuters)
“Vamos tirar Laurent Gbagbo do seu trono e entregá-lo à vontade do Presidente da República”, disse à AFP Sidiki Konaté, porta-voz do primeiro-ministro de Ouattara, Guillaume Soro.
Uma fonte do Governo francês – que estava a tentar negociar as condições da partida do antigo líder – adiantou que “o Presidente Ouattara considera que as conversações para obter a rendição de Gbagbo já duram há muito. Por isso decidiu intervir militarmente para tentar resolver o problema, ou seja, capturar Gbagbo com vida”.
Os disparos de armamento pesado começaram a ser ouvidos perto da residência em Abidjan no início da manhã, depois de um dia de intensas mas infrutíferas negociações.
“Eu não sou um kamikaze, eu amo a vida”, disse Gbagbo na terça-feira a um jornalista francês. “A minha voz não é uma voz de mártir, não procuro a morte, mas se ela vier, virá.”
O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, disse à rádio France Info que as “condições” da partida de Gbagbo, debilitado militar e politicamente, são “a única coisa que falta negociar”.
Juppé chegou a dizer, a meio da tarde de ontem, que o seu país estava “a dois dedos” de convencer o Presidente cessante da Costa do Marfim a deixar o poder, mas quando se esperava o anúncio da sua queda, Laurent Gbagbo insistiu na posição que mantém há quatro meses: afirmou que não reconhece o triunfo do seu rival, nas eleições presidenciais de Novembro, uma exigência da ONU e da França.
“Nós pedimos à ONU que garanta a sua integridade física, bem como a da sua família (...) e que organize condições para a sua saída. É a única coisa que falta negociar”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Interrogado acerca de um eventual exílio na Mauritânia, Juppé respondeu: “Não tenho indicações nesse sentido”. “Espero que a persuasão baste e que se evitem as operações militares”, acrescentou o governante, denunciando uma “teimosia absurda”. “Gbagbo já não tem nenhuma opção, todo o seu mundo caiu”, adiantou.
“Vamos continuar com a ONU, que está a liderar as pressões para que ele aceite reconhecer a realidade (...) É a ONU que negoceia e que lhe pede para respeitar as resoluções do Conselho de Segurança, ou seja, que admita a sua derrota”, disse ainda o chefe da diplomacia de Paris.
Acerca da questão de saber se Gbagbo irá ou não enfrentar os tribunais internacionais, Alain Juppé respondeu: “Apenas o Tribunal Penal Internacional poderá tomar essas decisões”.
Por seu lado, o chefe de Estado-maior do Exército francês, o almirante Edouard Guillaud, afirmou à rádio Europe 1 que Gbagbo “não tem outra escolha” que não seja a rendição e a saída do país.
Uma fonte do Governo francês – que estava a tentar negociar as condições da partida do antigo líder – adiantou que “o Presidente Ouattara considera que as conversações para obter a rendição de Gbagbo já duram há muito. Por isso decidiu intervir militarmente para tentar resolver o problema, ou seja, capturar Gbagbo com vida”.
Os disparos de armamento pesado começaram a ser ouvidos perto da residência em Abidjan no início da manhã, depois de um dia de intensas mas infrutíferas negociações.
“Eu não sou um kamikaze, eu amo a vida”, disse Gbagbo na terça-feira a um jornalista francês. “A minha voz não é uma voz de mártir, não procuro a morte, mas se ela vier, virá.”
O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, disse à rádio France Info que as “condições” da partida de Gbagbo, debilitado militar e politicamente, são “a única coisa que falta negociar”.
Juppé chegou a dizer, a meio da tarde de ontem, que o seu país estava “a dois dedos” de convencer o Presidente cessante da Costa do Marfim a deixar o poder, mas quando se esperava o anúncio da sua queda, Laurent Gbagbo insistiu na posição que mantém há quatro meses: afirmou que não reconhece o triunfo do seu rival, nas eleições presidenciais de Novembro, uma exigência da ONU e da França.
“Nós pedimos à ONU que garanta a sua integridade física, bem como a da sua família (...) e que organize condições para a sua saída. É a única coisa que falta negociar”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Interrogado acerca de um eventual exílio na Mauritânia, Juppé respondeu: “Não tenho indicações nesse sentido”. “Espero que a persuasão baste e que se evitem as operações militares”, acrescentou o governante, denunciando uma “teimosia absurda”. “Gbagbo já não tem nenhuma opção, todo o seu mundo caiu”, adiantou.
“Vamos continuar com a ONU, que está a liderar as pressões para que ele aceite reconhecer a realidade (...) É a ONU que negoceia e que lhe pede para respeitar as resoluções do Conselho de Segurança, ou seja, que admita a sua derrota”, disse ainda o chefe da diplomacia de Paris.
Acerca da questão de saber se Gbagbo irá ou não enfrentar os tribunais internacionais, Alain Juppé respondeu: “Apenas o Tribunal Penal Internacional poderá tomar essas decisões”.
Por seu lado, o chefe de Estado-maior do Exército francês, o almirante Edouard Guillaud, afirmou à rádio Europe 1 que Gbagbo “não tem outra escolha” que não seja a rendição e a saída do país.
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