Paixão de Cristo emociona fiéis nos Arcos da Lapa
Encenação no Centro do Rio recebeu mais de 4 mil pessoas. Cidade de Deus e Rocinha também tiveram espetáculos
POR MARCO ANTONIO CANOSA
Momento em que Cristo cai e é consolado por Madalena: peça teve atores da companhia Julieta de Serpa | Foto: André Mourão / Agência O Dia
Em sua homilia, na Catedral Metropolitana, Dom Orani frisou que a ressurreição de Cristo lembra a importância da fé nos momentos mais difíceis. Sem se referir diretamente ao massacre de Realengo, o arcebispo disse que “a morte física não é o fim, mas uma passagem para a eternidade. É isso que contemplamos na cruz e mostramos para o mundo, que às vezes não entende e até se revolta com tanta coisa ruim que acontece, que nós (os cristãos) somos esperança”.
Momento inspirador
Após a missa os fiéis saíram em procissão do Senhor Morto, em percurso que seguiu pela Avenida Chile, Rua Senador Dantas, Rua do Passeio e Avenida Mem de Sá, até a Lapa, onde atores encenaram o Auto da Paixão de Cristo.
Para a aposentada Maria José Cardoso, que há mais de 40 anos acompanha a procissão, foi um momento de mostrar que a fé pode ser maior que qualquer tragédia e que as pessoas que passaram por momentos trágicos, como os pais das crianças mortas em Realengo, devem buscar consolo na fé: “Essa é a nossa salvação”.
Momento inspirador
Após a missa os fiéis saíram em procissão do Senhor Morto, em percurso que seguiu pela Avenida Chile, Rua Senador Dantas, Rua do Passeio e Avenida Mem de Sá, até a Lapa, onde atores encenaram o Auto da Paixão de Cristo.
Para a aposentada Maria José Cardoso, que há mais de 40 anos acompanha a procissão, foi um momento de mostrar que a fé pode ser maior que qualquer tragédia e que as pessoas que passaram por momentos trágicos, como os pais das crianças mortas em Realengo, devem buscar consolo na fé: “Essa é a nossa salvação”.
Antes da encenação nos Arcos da Lapa, fiéis caminharam pelas ruas do Centro | Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia
Pela primeira vez acompanhando a missa, a contadora Kelly, penha, de 24 anos, estava emocionada. “É muito inspirador”, declarou.
Na Lapa, Dom Orani Tempesta abençoou os presentes e lembrou aos cristãos que eles devem fazer como Verônica — segundo a Bíblia, a mulher que usa um lenço para enxugar o rosto de Jesus, gravando sua imagem no tecido. “Quanto mais nos aproximamos das pessoas que mais necessitam, mais o rosto de Cristo fica impresso em nós”, disse.
Após abertura com canto lírico, grupo de atores da companhia Julieta de Serpa encenou a Paixão de Cristo. A peça emocionou milhares de pessoas, como a assistente social Deoclenes Ferraz Dias, 59, que trabalha com menores de rua. “Eu venho todos os anos e é sempre uma emoção diferente. Acho que é a minha fé”, declarou.
Traficantes e ‘micro-ondas’
Na Rocinha, as ruas viraram palco para que atores e moradores encenassem as últimas horas de vida de Jesus. A encenação, com participação do público, percorreu parte da comunidade.
Após abertura com canto lírico, grupo de atores da companhia Julieta de Serpa encenou a Paixão de Cristo. A peça emocionou milhares de pessoas, como a assistente social Deoclenes Ferraz Dias, 59, que trabalha com menores de rua. “Eu venho todos os anos e é sempre uma emoção diferente. Acho que é a minha fé”, declarou.
Traficantes e ‘micro-ondas’
Na Rocinha, as ruas viraram palco para que atores e moradores encenassem as últimas horas de vida de Jesus. A encenação, com participação do público, percorreu parte da comunidade.
Encenação na Cidade de Deus: Jesus pego por traficantes e maus policiais | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
Na Cidade de Deus, a Companhia de Teatro Provocação, de jovens atores moradores da comunidade, apresentaram a história com roupagem contemporânea, onde um Cristo negro é perseguido por traficantes e policiais corruptos e acaba queimado em um ‘micro-ondas’, feito de pneus.
Como na Rocinha, o espetáculo também conta com moradores como figurantes e é encenado nas ruas da favela. O diretor da peça, Adislon Dias, disse não temer a polêmica: “Dois mil anos de Cristo santo não deu muito jeito na humanidade. Por isso, prefiro acreditar em um Jesus mais humano”. A peça fica em cartaz até amanhã, no Ciep João Evangelista, às 20h.
Mais de 60 mil para festejar São Jorge
Mais de 60 mil pessoas são esperadas hoje para comemorar o Dia de São Jorge na paróquia de Quintino, Zona Norte do Rio. Este ano, como a data caiu no sábado de Aleluia, não haverá missas nas igrejas.
A procissão, que normalmente percorre as ruas do bairro, também foi modificada. Fiéis irão às ruas com velas acesas, numa referência à Páscoa, comemorada amanhã. Para alguns fiéis, a devoção será a mesma. “Sou devoto de São Jorge e nada me impedirá de agradecê-lo. Fiz uma operação para retirar um câncer e devo minha saúde a ele”, diz Mário Luiz, de 43 anos, que ontem foi com a família orar na Sexta-feira da Paixão.
As barracas de artigos religiosos dentro da paróquia ficarão abertas o dia todo. Ambulantes que vendem fitas, rosas e chaveiros na porta da igreja estão otimistas. Alguns disseram que chegaram com bastante antecedência para conseguirem um bom lugar.
Na Igreja de São Jorge, situada na Rua da Alfândega, Centro do Rio, também houve mudanças. A tradicional alvorada, que acontece às 5h do dia 23, será amanhã, no mesmo horário, com a presença de Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio.
Como na Rocinha, o espetáculo também conta com moradores como figurantes e é encenado nas ruas da favela. O diretor da peça, Adislon Dias, disse não temer a polêmica: “Dois mil anos de Cristo santo não deu muito jeito na humanidade. Por isso, prefiro acreditar em um Jesus mais humano”. A peça fica em cartaz até amanhã, no Ciep João Evangelista, às 20h.
Mais de 60 mil para festejar São Jorge
Mais de 60 mil pessoas são esperadas hoje para comemorar o Dia de São Jorge na paróquia de Quintino, Zona Norte do Rio. Este ano, como a data caiu no sábado de Aleluia, não haverá missas nas igrejas.
As barracas de artigos religiosos dentro da paróquia ficarão abertas o dia todo. Ambulantes que vendem fitas, rosas e chaveiros na porta da igreja estão otimistas. Alguns disseram que chegaram com bastante antecedência para conseguirem um bom lugar.
Na Igreja de São Jorge, situada na Rua da Alfândega, Centro do Rio, também houve mudanças. A tradicional alvorada, que acontece às 5h do dia 23, será amanhã, no mesmo horário, com a presença de Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio.
Paixão de Cristo emociona 6 mil São Paulo
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
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Desta vez a história foi contada sob a perspectiva do apóstolo Paulo, que sofreu perseguições, foi preso, torturado, julgado e morto, assim como Jesus. A encenação fez um paralelo entre a história de Paulo e a Paixão de Cristo, desde o encontro místico entre os dois até a crucificação.
Mais de 200 pessoas participam da organização e montagem do evento, sendo que 140 se apresentaram no palco montado ao ar livre, entre crianças, adultos e idosos. Um deles é Adalto Soares, 26 anos, que pela primeira vez representou Jesus Cristo. "É uma honra poder passar essa mensagem para o povo", afirmou.
De cabelos encaracolados pretos, barba e olhar bondoso, Adalto foi o grande responsável pela emoção geral dos que assistiam à encenação. "Eu também me emociono, não tem como não ficar assim ao reviver o sofrimento de Jesus", garantiu.
Já o apóstolo Paulo foi representado por Jair Evangelista Júnior, 31, que por três vezes encenou Jesus. Mesmo assim, estava orgulhoso de fazer o segundo papel mais importante da peça. "É a oportunidade de mostrar a minha fé", disse.
O texto que traça um paralelo entre as histórias de Paulo e Jesus é de autoria do diretor. "Apresentei ao núcleo e a ideia foi aprovada. Anualmente temos o desafio de dar cara nova a uma história que todos conhecem", explicou.
GRANDIOSIDADE
Durante a encenação, várias cenas bíblicas são reproduzidas pelos atores, tais como a multiplicação dos pães, o lava-pés, o julgamento e a crucificação de Jesus, esses últimos os dois momentos mais esperados pelos expectadores.
Durante a encenação, várias cenas bíblicas são reproduzidas pelos atores, tais como a multiplicação dos pães, o lava-pés, o julgamento e a crucificação de Jesus, esses últimos os dois momentos mais esperados pelos expectadores.
Neste ano, o julgamento e crucificação do apóstolo Paulo, que se passaram após a ressureição de Jesus Cristo, foram encenados ao lado da crucificação do filho de Deus, o que trouxe ainda mais emoção à encenação do sofrimento de ambos em nome da fé.
A iluminação valoriza as expressões dos atores, nenhum deles profissional, mas todos talentosos. Os figurinos são bastante elaborados e a maquiagem é de tirar o fôlego, especialmente quando Jesus aparece com ferimentos causados pelos soldados que o açoitam.
Para o frei José Rafael Júnior, responsável pela paróquia, a encenação da Paixão é um momento de oração. "Devemos lembrar sempre, não apenas na Sexta-Feira Santa, que Jesus sofreu e morreu na cruz por nós".
Espetáculo atrai famílias inteiras em nome da fé
A tradicional encenação da Paixão de Cristo realizada pela Paróquia Senhor do Bonfim, no Parque das Nações, em Santo André, atrai famílias e amigos que, juntos, rememoram o sofrimento de Jesus no momento de sua crucificação.
Os expectadores vêm até mesmo de outras cidades do Grande ABC para assistir ao tradicional espetáculo, que foi apresentado ontem pelo 11º ano consecutivo.
É o caso da professora e moradora de Mauá Evelin Mendes Rosa, 33 anos, que estava acompanhada do marido, Rodrigo Mendes Rosa, e do filho, Murilo Antonio Mendes, 3. "Em Mauá também temos a encenação da Paixão, mas neste ano resolvemos assistir aqui porque a peça é bem famosa", explicou ela.
De olhos atentos, Murilo ficou impressionado com o que viu. "Os figurinos são ótimos e realmente emocionam", disse Evelin.
A babá Fátima Aparecida Amore, 55, assiste à encenação na Paróquia Senhor do Bonfim há quatro anos. Diz gostar de tudo, principalmente porque a cada ano a peça é encenada de um jeito. "Nós já sabemos o fim da história, que é sempre o mesmo, mas a gente se emociona todas as vezes", garantiu.
Neste ano foram investidos cerca de R$ 40 mil na encenação, valor patrocinado por parceiros do evento e pela venda de camisetas, canetas e outros artigos religiosos. Também foram arrecadados alimentos. Tudo em nome da fé.
Via Sacra atrai 150 mil pessoas em Planaltina
Redação SRZD | Nacional | 22/04/2011 20h31
A encenação anual da Via Sacra, que mostra os últimos momentos de Jesus Cristo, no Morro da Capelinha, em Planaltina, atraiu cerca de 150 mil pessoas. Para assistir, público tem que percorrer um percursso de 1,1km a pé.
O evento sobre a Paixão de Cristo é o maior do Brasil e é tombado pelo Patrimônico Cultural Imaterial do DF, contando com patrocínio da Secretaria de Turismo. Essa encenação acontece há 38 anos e conta com mais de mil pessoas, entre atores e figurantes, envolvidas.
Fiéis acompanham encenação
da Paixão de Cristo
no Morro da Cruz, em Porto Alegre
Espetáculo deste ano contou com 120 participantes
Atualizada às 20h51min
Fiéis participaram na tarde desta Sexta-feira Santa do Procissão do Morro da Cruz, no bairro Partenon, em Porto Alegre. Por cerca de uma hora, eles percorreram um quilômetro até o topo do morro.
A celebração encerrou pouco antes do temporal que alagou ruas, derrubou postes e árvores e deixou mais de 200 mil consumidores sem energia elétrica na Capital. Ao final, o mau tempo transformou o céu de Porto Alegre.
Antes da procissão, o público acompanhou a encenação do auto de fé que conta os últimos momentos da vida de Jesus Cristo. Promovido desde 1960, o espetáculo deste ano contou com 120 participantes, entre membros da comunidade e artistas profissionais.
A encenação ocorreu em frente à na Igreja São José de Murialdo. O padre Harry Jung foi o responsável pela Mensagem da Paixão.
A celebração encerrou pouco antes do temporal que alagou ruas, derrubou postes e árvores e deixou mais de 200 mil consumidores sem energia elétrica na Capital. Ao final, o mau tempo transformou o céu de Porto Alegre.
Antes da procissão, o público acompanhou a encenação do auto de fé que conta os últimos momentos da vida de Jesus Cristo. Promovido desde 1960, o espetáculo deste ano contou com 120 participantes, entre membros da comunidade e artistas profissionais.
A encenação ocorreu em frente à na Igreja São José de Murialdo. O padre Harry Jung foi o responsável pela Mensagem da Paixão.
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