Forças da Síria atiram
em manifestantes durante funeral
Segundo testemunhas, governistas usaram violência para dispersar marcha durante enterro em Deraa
Testemunhas disseram que forças de segurança da Síria atiraram neste sábado para dispersar uma manifestação na cidade de Deraa. Os manifestantes participavam do funeral de algumas das 37 pessoas mortas em um protesto na véspera.
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Outro protesto também teria sido reprimido em um bairro sunita de Latakia, segundo moradores. A imprensa internacional tem dificuldade de verificar os dados repassados por testemunhas por causa da restrição ao trabalho de jornalistas estrangeiros no país.
Segundo relatos, na sexta-feira as forças do regime sírio abriram fogo contra milhares de manifestante antigoverno. No entanto, a TV estatal disse que as vítimas eram policiais mortos por "homens armados".
Os protestos são a maior ameaça já enfrentada pelo presidente da Síria, Bashar al-Assad, de 45 anos, que sucedeu seu pai, Hafez, depois de sua morte em 2000.
A crise começou no dia 18 de março, quando moradores de Deraa protestaram contra a detenção de 15 crianças por terem escrito frases contra o governo em um muro. No dia 23, violentos confrontos aconteceram depois que as forças de segurança ameaçaram invadir uma mesquita. A justificativa era a de que a mesquita estava sendo usada por gangues para estocar arma e transformar crianças em escudos humanos.
Na tentativa de conter a onda de protestos, o governo prometeu estudar o relaxamento de leis que governam a mídia e o sistema de partidos políticos, assim como o estabelecimento de leis anticorrupção. No entanto, a promessa não foi considerada suficiente pelos manifestantes.
Com AP e BBC
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