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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Belo Monte e a destruição de Um mundo,,,Jpv Imprenssa Livre -ecologia

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domingo, 27 de março de 2011

Bill Clinton no Brasil Forum da Sustentabilidade-Manaus AM


Em Manaus, Bill Clinton se diz contra hidrelétricas na Amazônia
"Não tenho paciência para pessoas que criticam e não dão alternativas", disse Clinton


O ex-presidente Bill Clinton afirmou em Manaus que o Brasil tem que refletir sobre os impactos da construção de grandes hidrelétricas na Amazônia. "Não tenho paciência para pessoas que criticam e não dão alternativas", disse Clinton durante palestra no Fórum de Sustentabilidade de Manaus, nesse sábado (26). 

"Qual a alternativa? Vocês precisam de eletricidade e querem preservar a floresta. E 20% do oxigênio mundial vem de vocês. Não é fácil, mas vocês têm que pensar sobre essas coisas, sobre o futuro de seus filhos e netos. É preciso pensar na população indígena, nos animais, nas espécies de plantas que podem ter a cura para doenças." 

O ex-presidente, que contou ter se encontrado momentos antes de sua palestra com o cineasta James Cameron, que milita contra a construção de Belo Monte, falou com entusiasmo sobre a geração de energia a partir de lixões. "Se eu pudesse, fechava os aterros sanitários do mundo, tirava o material reciclável e queimava o lixo para transformar em energia." 


A geração de energia a partir do lixo faz parte de um programa da fundação Clinton também defendeu o uso de energia solar e eólica e elogiou os esforços da Alemanha, que nos últimos anos se transformou no maior produtor de energia solar do mundo. 

O ex-presidente também elogiou o programa brasileiro de etanol e defendeu a redução das tarifas de importação do produto nos EUA. "Vocês produzem etanol de forma mais eficiente do que a gente", disse. 

"Espero que o acordo de biocombustíveis assinado com o presidente [Barack Obama] leve a uma redução da tarifa de importação de etanol de cana." Ele lembrou que os ex-presidentes Lula e George W. Bush também assinaram um acordo de biocombustível, mas que este não gerou nenhum resultado. "Espero que agora vocês consigam levar a produção de vocês para a América." 

Clinton também elogiou o esforço do Brasil na redução do desmatamento na Amazônia e foi aplaudido ao afirmar esperar que o Brasil lidere o mundo no século 21. "Vocês não imaginam o quanto o resto do mundo depende do sucesso de vocês em conseguir aliar crescimento com sustentabilidade." 






Bill Clinton pede que Brasil lidere o mundo no século 21





Após elogios sobre soluções brasileiras para energias renováveis, redução do desmatamento, diminuição da emissão de carbono, remédios genéricos, entre outras, o ex-presidente americano Bill Clinton afirmou neste sábado, em Manaus, que espera a liderança do Brasil na mudança global em direção a um mundo sustentável. "Se eu fosse um político brasileiro hoje, saindo do pesadelo da inflação, e com tudo isso realizado, me perguntaria o que eles querem que façamos mais. Quero que o Brasil lidere o mundo no século 21", afirmou durante o 2º Fórum Mundial de Sustentabilidade.Por meio da William J. Clinton Foundation, o 42º presidente dos Estados Unidos realiza trabalhos sociais na África, América Latina e Ásia, e visita constantemente países que enfrentam grandes desafios. Com esta bagagem, ele não hesitou em declarar que o Brasil tem reservado um grande papel no cenário global. Segundo ele, a experiência do País pode dar respostas para combater a desigualdade, a instabilidade e a insustentabilidade - os três maiores desafios atuais da humanidade, segundo ele.
No entanto, o Brasil não deve estar sozinho. "Não se pode construir um futuro sustentável sozinho. É preciso convencer seus parceiros, China e EUA, a trabalhar junto nisso", disse. De acordo com Clinton, a China ainda não tem certeza se pode cortar as emissões de carbono e continuar com as mesmas taxas de crescimento a mesma "barreira mental" que impediu um acordo em Copenhagem. O ex-presidente afirmou que apenas quatro países conseguirão cumprir as metas de redução de carbono estabelecidas para 2012: Alemanha, Reino Unido, Suécia e Brasil.
"Todos esses países tiveram menos desigualdade, maior taxa de emprego e maior crescimento do que os EUA nos últimos ano, porque mudaram a forma de produzir e consumir. Vocês podem provar ao mundo que isto é sustentável e altamente lucrativo", disse a uma plateia formada em sua maioria por empresários brasileiros, que faziam intervenções com aplausos ao discurso do ex-presidente.
EnergiaClinton apontou o etanol de cana de açúcar como umas das soluções para um dos temas mais discutidos no fórum e disse ainda que espera um acordo entre Brasil e Estados Unidos para exportação do combustível renovável. Além disso, comentou também a polêmica construção da usina de Belo Monte, na bacia do rio Xingu, sem definir uma posição clara, no entanto.

"A grande controvérsia sobre a energia verde agora com relação as pessoas que vivem na região. Sei que é um problema. Nestas palestras, sempre tento entrar nos detalhes, ir além do que fazemos em politica. Durante 95% do tempo debatemos o que vai se fazer e quanto vai gastar. Não havia consideração sobre a terceira perguntar: como vai fazer? As pessoas podem viver com coisas que são contra, se elas forem consultadas antes. O Brasil precisa de mais energia, precisa ser limpa, precisa manter a cultura indígena, a floresta. Sei que é difícil, mas todo projeto grande exige pensar como o Brasil vai ser para seus filhos e netos", afirmou.
IdeiasDurante o discurso e também ao responder uma pergunta da plateia, Clinton defendeu a eliminação dos aterros sanitários. "Eu fecharia todos os aterros sanitários, pegaria as pessoas desempregadas e colocaria para trabalhar reciclando e compactando o lixo, para depois queimar e criar energia a partir dele", disse. O ex-presidente citou diversos exemplos vistos ao redor do mundo, que incluem painéis solares, energia eólica, e eficiência em construções, principalmente nos grandes centros urbanos.
"Trabalhamos no Rio para trocar os semáforos por luzes de LED, que são mais caras, porém têm maior tempo de vida e emitem menos gases, além de reduzir a conta de energia das cidades", afirmou. Clinton também citou uma reforma no Empire State Building e afirmou que as iniciativas sustentáveis também são responsáveis por criar empregos. "A cada US$ 1 bilhão gastos em plantas de energia solar conseguimos 900 empregos nos EUA. Fazer osprédios mais eficientes consegue 7 mil empregos.

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