por Jackie Salomao
Um dos módulos da caixa-preta do Airbus A330 da Air France que caiu no Atlântico em 2009 foi encontrado no último domingo (1º), informou o BEA, escritório francês que investiga o acidente. A queda do vôo 447 da companhia francesa ocorreu em 2009, durante o trajeto entre Rio e Paris, deixando 288 mortos, sendo que 72 eram franceses e 59 eram brasileiros.
O aparelho localizado pelo robô submarino Remora 6000 registra os parâmetros do Flight Data Recorder (FDR), que contém dos dados do vôo. A caixa-preta que contém a gravação de voz na cabine, o Cockpit Voice Recorder (CVR), ainda não foi encontrada, segundo informações da agência AFP.
No entanto ainda não se sabe se o equipamento foi danificado. "Uma coisa que está clara é que mesmo se a caixa não parecer danificada na foto, nós não podemos dizer se ela funciona até que a tenhamos aberto", afirmou uma porta-voz do BEA.
O primeiro mergulho do robô aconteceu na última quarta (26) e durou mais de 12 horas, quando encontrou o chassi da caixa-preta sem o módulo de memória. Agora, o principal objetivo da equipe de resgate é recuperar o outro módulo com as conversas dentro da cabine. Com os dados da FDR, já é possível descobrir a altitude, a velocidade, as diferentes posições do leme nos momentos que antecederam o acidente. Mas para uma leitura completa, faltam os dados da CVR. "Se conseguirmos ler os primeiros dados, será um grande passo, mas sem a segunda caixa-preta, faltarão dados essenciais", explicou Jean-Paul Troadec, diretor do BEA
O futuro da caixa-preta
Após as falhas apresentadas na investigação do acidente da Airfrance, Raymond Benjamin, secretário-geral da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), declarou nesta segunda (1º) que pretende aperfeiçoar o sistema de caixas-pretas dos aviões em um ou dois anos.
Após as falhas apresentadas na investigação do acidente da Airfrance, Raymond Benjamin, secretário-geral da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), declarou nesta segunda (1º) que pretende aperfeiçoar o sistema de caixas-pretas dos aviões em um ou dois anos.
Somente após quase dois anos do acidente foi possível encontrar a caixa-preta com os dados que talvez possam solucionar as causas do acidentes. Diante desse cenário a OACI pretende estender de 30 para 90 dias a duração do sinal emitido pelas caixas-pretas para facilitar o alcance nas buscas. Além disso, o módulo também poderá flutuar na água, segundo a organização. "Já não podemos, depois do acidente com o vôo Rio-Paris, viver com o sistema que conhecemos", afirmou Benjamin.
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