O carro até era de um ex-assessor de Strauss-Kahn, mas serviu para lembrar que o político é tão rico que até tem casa na mais bela praça de Paris. E não faltaram logo as comparações com Sarkozy, célebre pelas férias a convite de amigos magnatas, como que a dizer que o Presidente pelo menos é de direita, enquanto o rival até corteja os comunistas a pensar na carreira pós-FMI.
Nem toda a esquerda está rendida a Strauss-Kahn. Há quem prefira a candidatura de Martine Aubry, que como ministra conseguiu impor a semana de 35 horas, ou de François Hollande, ex-secretário-geral do PSF. Mais mal cotada está Ségolène Royal, o que não surpreende porque foi batida nas urnas em 2007 por Sarkozy. Agora, a mensagem nos bastidores é que DSK já não terá hipóteses, mesmo que prove ser inocente.
Mas não se pense que é o moralismo que trama Strauss-Kahn. Mais que o escândalo sexual, o problema é a hipótese de crime e o desprestígio internacional. Em 2008, quando já era director-geral do FMI, viu exposta uma paixoneta por uma economista húngara. Mas Sinclair perdoou-lhe esse "caso de uma noite" e as sondagens em França não sofreram grande impacte. Faça-se justiça: ao contrário dos americanos, os franceses não vivem obcecados pelos lençóis dos políticos: o antigo presidente Mitterrand tinha uma segunda família que só mostrou no final da vida e ninguém se incomodou. Hollande e Ségolène têm quatro filhos, mas a vida em comum acabou quando ela descobriu que havia outra. E que dizer de Sarkozy, que na corrida para Presidente aceitou de volta Cécilia (que fugira para Nova-Iorque com o amante), mas acabaria por se divorciar e casar com Carla Bruni...
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