Marcha da Liberdade reúne 2,5 mil pessoas
na Avenida Paulista
A Marcha da Liberdade reuniu hoje (18) cerca de 2,5 mil pessoas, na capital paulista, segundo a Polícia Militar. O protesto pela liberdade de expressão e contra repressão policial em manifestações populares interrompeu o trânsito em um dos sentidos da Avenida Paulista, na região central da capital. Participaram do ato simpatizantes de diversas causas, como os favoráveis à legalização da maconha, o Movimento Passe Livre e os defensores dos direitos de gays, lésbicas e transexuais.
Para um dos organizadores do movimento, André Takahashi, a marcha conseguiu alcançar seus principais objetivos. “A Marcha da Liberdade já cumpriu o seu papel que é o de começar essa discussão sobre a liberdade de expressão e o uso das armas não letais”.
O vice-presidente do Movimento Tortura Nunca Mais, Marcelo Zelic, afirmou serem necessárias mais restrições e regras mais claras em relação ao uso de armamento não letal contra atos da sociedade civil. “O emprego de armamento não letal fere a Constituição quando usado contra pessoas que estão no seu direito de se manifestar”, ressaltou.
Além de pautar a discussão sobre a liberdade de expressão, Takahashi destacou que a Marcha da Liberdade também foi importante para promover a interação entre os diversos movimentos sociais. Segundo ele, a partir de agora, existe uma “tendência” de que essa troca de experiências e cooperação continuem.
Simpatizante de quase todas as causas do ato, a cantora Joanah Dark, que animou a concentração da marcha no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), acredita que a manifestação conjunta fortalece as diferentes causas. “ A gente faz diversos contatos, consegue uma quantidade maior de pessoas e mais interação”.
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