O terremoto de magnitude 6,9 que atingiu nesta sexta-feira o sul do Peru deixou pelo menos 83 feridos e 132 casas danificadas, segundo o Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci). O sismo, no entanto, não afetou as operações dos setores de mineração e petróleo, vitais para a economia do país.
Foto: AP
População retira bricks after a magnitude-6.9 earthquake hit the area in Ica, Peru
A cidade de Ica, no departamento homônimo, a cerca de 350 km ao sul de Lima, registrou o maior número de feridos, 41. Já o maior número de casas danificadas foi registrado no departamento de Ocucaje, na mesma região, com 59 moradias comprometidas. No total, ao menos 660 moradores foram prejudicadas com os efeitos do tremor.
Também ficou gravemente afetado o Centro de Saúde de Ocucaje e o Posto de Saúde de Pampa Chacaltana, localizados no distrito de Ica. Brigadas da Defesa Civil distribuíram cerca de 45 barracas nessa região.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) afirmou que o epicentro foi localizado a 50 km da cidade costeira de Ica, cerca de 300 km ao sul de Lima. De acordo com boletins da rádio local, o terremoto causou a queda da energia elétrica em algumas partes de Ica e também problemas nas comunicações da telefonia celular.
Até a meia-noite de sexta-feira, ocorreram seis réplicas de tremor com intensidade regular na região, segundo o Instituto Geofísico do Peru (IGP). O último abalo foi de 4,6 graus às 23h23 locais (1h23 no horário de Brasília), com epicentro a 37 km de profundidade, segundo um informe do instituto.
Um morador da estância costeira de San Andrés, em Ica, contou que o mar tinha recuado alguns metros naquela região. As autoridades não emitiram um alerta de tsunami imediatamente. "Há pequenas alterações no mar, contudo a Direção de Hidrografia e Navegação não registra alerta de tsunami", disse o chefe do Instituto de Defesa Civil, Alfredo Murgueytio.
O presidente do Peru, Ollanta Humala, que viajou ao Paraguai, pediu a seus compatriotas que mantenham a calma depois do forte tremor e assegurou que se alguma situação muito grave acontecer voltará ao país.
O Peru sofreu em 2007 um forte terremoto de magnitude 7,9 na cidade costeira de Pisco, vizinha de Ica, que deixou mais de 500 mortos e milhares de casas danificadas ou destruídas.
O USGS afirmou que o terremoto teve uma profundidade de 23,9 km em Ica, sendo sentido fortemente na superfície da costa peruana. Um porta-voz da mineradora Southern Copper, uma das maiores minas de cobre do mundo, disse à Reuters que suas operações no Peru estavam "normais". De acordo com o serviço geológico local, o terremoto teve magnitude de 6,7.
A empresa de mineração, controlada pelo Grupo México, opera no sul do Peru as minas Toquepala e Cuajone e a refinaria de Ilo, longe do epicentro do terremoto.
A mineradora Shougang Hierro Peru, uma subsidiária da chinesa Shougang, disse que nenhum dano foi registrado em sua mina perto do epicentro. "Não há nenhum dano nas operações e instalações", disse à Reuters o gerente-geral da Shougang Hierro Peru, Raúl Vera.
Enquanto isso, a Petrobras e a Vale informaram no Brasil que não haviam recebido até o momento nenhuma informação indicando que suas operações haviam sido afetadas pelo movimento sísmico.
Com EFE e Reuters
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