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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Desastre -vazamento Bacia de Campos -Chevron- JPV -Desastres 2


Chevron diz ter contido vazamento de óleo e promete lacrar poço em dezembro

Atualizado em  24 de novembro, 2011 - 20:13 (Brasília) 22:13 GMT
Vazamento de óleo, em foto de 22 de novembro (AFP)
Vazamento fez com que a Chevron fosse impedida de seguir perfurando no Brasil
A petroleira Chevron disse nesta quinta-feira que o vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ), já foi controlado e que resta apenas uma mancha de óleo com o equivalente a cerca de 16 litros.
Segundo declarações do presidente da Chevron para África e América Latina, Ali Moshiri, reproduzidas pela Agência Brasil, a empresa espera que a mancha restante "desapareça" e considerou a operação de combate ao vazamento "bem-sucedida".
Moshiri disse que o poço danificado será selado até dezembro e abandonado.
Na véspera, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) havia suspendido todas as atividades de perfuração da Chevron em território brasileiro.
A decisão vale "até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo" no poço operado pela empresa no Campo de Frade.
Questionado nesta quinta-feira sobre quando a empresa pretendia voltar a extrair petróleo no Brasil, Moshiri disse que "isso depende do governo, não seria justo se eu fizesse uma previsão".
Iniciado no dia 8, o vazamento correspondia, até quarta-feira, a cerca de 3 mil barris de petróleo, que atingiram uma área sobre o mar de 12 km², segundo a ANP.
Em nota, a agência havia dito que o veto à Chevron será válido "até que sejam restabelecidas as condições de segurança na área", decisão tomada com base em análises técnicas que evidenciam negligência da concessionária.
Moshiri, por sua vez, disse que a "complexidade geológica" da região do Campo de Frade pode ter contribuído para o acidente.

Pré-sal

Na quarta-feira, a ANP também rejeitou um pedido da Chevron para perfurar um novo poço no Campo de Frade, para atingir a camada do pré-sal.
"A ANP entende que a perfuração de reservatórios no pré-sal implicaria riscos de natureza idêntica aos ocorridos no poço que originou o vazamento, maiores e agravados pela maior profundidade", dizia a nota.
A Chevron foi multada pelo Ibama em R$ 50 milhões pelo vazamento - um valor que pode aumentar, já que até seis penalidades semelhantes podem ser aplicadas.
Para efeitos comparativos, em 2009, a Chevron havia anunciado planos de investir US$ 5 bilhões (em valores atuais, R$ 8,8 bilhões) em projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil, ao longo de uma década. Os R$ 50 milhões da multa representam menos de 1% desse montante.

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