Rio Grande do Sul contará com mais 119 MW eólicos
A empresa Enerfin desenvolverá 72 MW em Palmares do Sul e outros 22 MW em Osório. Em ambas as cidades o grupo já verifica a operação de parques eólicos.
Em Viamão, a Oleoplan construirá 25,6 MW. O presidente da companhia, Irineu Boff, informa que o complexo deve ser concluído em 2014. Pelo contrato, o parque eólico só precisaria entregar a energia para as distribuidoras que compraram no leilão em 2015. No entanto, a ideia é antecipar o cronograma para vender durante um ano a energia no ambiente de mercado livre (composto por grandes consumidores que podem escolher de quem vão adquirir a energia). Boff estima em aproximadamente R$ 100 milhões o investimento nessa nova usina eólica.
Antes desse empreendimento, a Oleoplan deve finalizar no próximo ano a construção de um parque eólico de 10,8 MW também em Viamão. Esse projeto comercializou sua geração de energia em um leilão realizado em agosto do ano passado. "A nossa empresa acredita nesse setor e estamos avançando nessa área", destaca o dirigente. Ele adianta que o grupo estará presente no próximo leilão de energia, marcado para março do ano que vem.
No total, habilitaram-se para participar do certame de ontem 231 projetos (hidrelétricos, termelétricos e eólicos), que somaram 6.286 MW de potência instalada. O Estado inscreveu 58 projetos eólicos (1.515 MW) e duas pequenas centrais hidrelétricas (48 MW). O leilão resultou na contratação de 42 projetos, com capacidade instalada total de 1.211,5 MW (cerca de um terço da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). O preço médio ao final do certame foi de R$ 102,18/MWh, alcançando um deságio médio de 8,77%. O evento atendeu a 100% da demanda das concessionárias de distribuição, que contrataram a energia negociada.
As usinas serão instaladas nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo, e implicarão investimentos da ordem de R$ 4,3 bilhões. Assim como nos últimos leilões de geração realizados, a fonte eólica foi o grande destaque desta licitação, com 39 projetos contratados somando 976,5 MW. Este montante equivale a 81% da potência total negociada. A hidrelétrica de São Roque, em Santa Catarina, foi arrematada pela empresa Desenvix ao preço de R$ 91,20/MWh - deságio de aproximadamente 35% em relação ao preço inicial de R$ 123/MWh.
Na avaliação do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, o certame foi muito bem-sucedido, na medida em que toda a demanda foi atendida integralmente por fontes renováveis. "É importante destacar que a contratação de usinas eólicas e hidrelétricas é muito interessante para o País, já que se trata de duas fontes renováveis e complementares entre si", observa o presidente da EPE.
"Estamos muito felizes, pois esperávamos dominar o leilão e foi isso o que aconteceu", enfatiza a presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Melo. Ela diz que a expectativa é de que a fonte eólica repita o bom desempenho no próximo leilão. A sócia da área de Impostos da Ernst & Young Terco em Fortaleza, Maria do Carmo Leocádio, concorda que, considerando o cronograma de contratação projetado para os próximos dez anos, apresentado pelo governo federal para o mercado regulado, a tendência é de o Brasil manter o crescimento no setor de energias renováveis.
Jefferson Klein
Aprodução de energia eólica no Rio Grande do Sul continuará crescendo nos próximos anos. O leilão de energia promovido ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou a comercialização de mais 119,6 MW eólicos de potência instalada, que serão implantados nos municípios de Osório, Palmares do Sul e Viamão. A empresa Enerfin desenvolverá 72 MW em Palmares do Sul e outros 22 MW em Osório. Em ambas as cidades o grupo já verifica a operação de parques eólicos.
Em Viamão, a Oleoplan construirá 25,6 MW. O presidente da companhia, Irineu Boff, informa que o complexo deve ser concluído em 2014. Pelo contrato, o parque eólico só precisaria entregar a energia para as distribuidoras que compraram no leilão em 2015. No entanto, a ideia é antecipar o cronograma para vender durante um ano a energia no ambiente de mercado livre (composto por grandes consumidores que podem escolher de quem vão adquirir a energia). Boff estima em aproximadamente R$ 100 milhões o investimento nessa nova usina eólica.
Antes desse empreendimento, a Oleoplan deve finalizar no próximo ano a construção de um parque eólico de 10,8 MW também em Viamão. Esse projeto comercializou sua geração de energia em um leilão realizado em agosto do ano passado. "A nossa empresa acredita nesse setor e estamos avançando nessa área", destaca o dirigente. Ele adianta que o grupo estará presente no próximo leilão de energia, marcado para março do ano que vem.
No total, habilitaram-se para participar do certame de ontem 231 projetos (hidrelétricos, termelétricos e eólicos), que somaram 6.286 MW de potência instalada. O Estado inscreveu 58 projetos eólicos (1.515 MW) e duas pequenas centrais hidrelétricas (48 MW). O leilão resultou na contratação de 42 projetos, com capacidade instalada total de 1.211,5 MW (cerca de um terço da demanda média de energia do Rio Grande do Sul). O preço médio ao final do certame foi de R$ 102,18/MWh, alcançando um deságio médio de 8,77%. O evento atendeu a 100% da demanda das concessionárias de distribuição, que contrataram a energia negociada.
As usinas serão instaladas nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo, e implicarão investimentos da ordem de R$ 4,3 bilhões. Assim como nos últimos leilões de geração realizados, a fonte eólica foi o grande destaque desta licitação, com 39 projetos contratados somando 976,5 MW. Este montante equivale a 81% da potência total negociada. A hidrelétrica de São Roque, em Santa Catarina, foi arrematada pela empresa Desenvix ao preço de R$ 91,20/MWh - deságio de aproximadamente 35% em relação ao preço inicial de R$ 123/MWh.
Na avaliação do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, o certame foi muito bem-sucedido, na medida em que toda a demanda foi atendida integralmente por fontes renováveis. "É importante destacar que a contratação de usinas eólicas e hidrelétricas é muito interessante para o País, já que se trata de duas fontes renováveis e complementares entre si", observa o presidente da EPE.
"Estamos muito felizes, pois esperávamos dominar o leilão e foi isso o que aconteceu", enfatiza a presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Melo. Ela diz que a expectativa é de que a fonte eólica repita o bom desempenho no próximo leilão. A sócia da área de Impostos da Ernst & Young Terco em Fortaleza, Maria do Carmo Leocádio, concorda que, considerando o cronograma de contratação projetado para os próximos dez anos, apresentado pelo governo federal para o mercado regulado, a tendência é de o Brasil manter o crescimento no setor de energias renováveis.
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