Com a semeadura de cem hectares em uma fazenda em Viamão, na Região Metropolitana, foi dada a largada, nesta semana, para a safra de arroz no Rio Grande do Sul. Mesmo com o indicativo de preços que podem chegar a até R$ 35 a saca de 50 quilos, a previsão da Emater é de que o plantio do grão ocupará área 2,9% menor do que na safra anterior, com 1 milhão de hectares.
A estratégia de redução de área já foi adotada pelos arrozeiros na safra passada. O objetivo foi o de recuperar os preços. O aumento de produção verificado na safra 2010/2011 trouxe perdas na renda, levando a saca a R$ 18. O preço mínimo estipulado pelo governo federal é de R$ 25,80.
– A área pode ser ainda mais reduzida com o aumento das lavouras de soja. Com essa diminuição, avaliamos que manteremos bons preços – estima o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha.
Para Marco Tavares, consultor de mercado, um dos fatores para o cenário positivo do arroz são as exportações do grão. No primeiro semestre, conforme levantamento do Ministério do Desenvolvimento o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas, ante 790 mil toneladas no mesmo período de 2011.
– O setor do arroz vive um momento que combina bons preços e aumento nas exportações – diz Tavares.
As regiões da Campanha e da Fronteira Oeste começam o plantio na segunda quinzena de setembro. A confirmação da área plantada depende da chegada de chuva nas próximas semanas às regiões produtoras. O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) estima que ainda há um déficit de 40% nos reservatórios de água para atender a demanda do plantio.
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