Brasília
A maior mobilização de caminhoneiros em duas décadas colocou o Governo Michel Temer (MDB) de joelhos e forçou a Petrobras a alterar, por enquanto temporariamente, a sua política de preços de combustível da estatal, um dos símbolos da gestão Pedro Parente, incensada por investidores financeiros. Desde segunda-feira, cerca de 500.000 caminhoneiros promovem uma série de protestos pelo Brasil e bloquearam trechos de 270 rodovias federais e estaduais para protestar contra alta de de 50% no preço do diesel desde julho passado. A ação resultou em desabastecimento de alimentos, inclusive pães na rede McDonalds e batatas em sacolões, restrição no transporte público de capitais e até de voos domésticos e internacionais que partiriam de seis aeroportos.
Com o Governo sem nada a oferecer de concreto ao grevistas e diante de uma possível ampliação do problema, o presidente da petrolífera, Pedro Parente, foi obrigado a recuar. Anunciou, em entrevista coletiva, que o preço do óleo diesel se reduzirá em 10% nas refinarias pelo período de 15 dias. Isso representa cerca de R$ 0,20 centavos por litro como um gesto de "boa vontade". "São 15 dias para que o Governo converse com os caminhoneiros." Ele rejeitou ter sofrido pressões. Disse apenas que a estatal fez uma análise "realista" do cenário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu Comentário será analizado , tenha Respeito aos Leitores e a si mesmo...