Produtores leite enfrentam dificuldades para se adequar à Normativa 51
14 de abril de 2011 - 09:32h
Autor: Canal Rural
Produtores de leite do sul do país estão enfrentando dificuldades para se adequar a uma determinação do Ministério da Agricultura que busca melhorar as instalações e o modo de trabalho nas propriedades. A medida, chamada de Instrução Normativa 51, começa a valer no dia 1º de julho.
A sala de ordenha na propriedade do produtor rural Edgar Giachini, de Viamão (RS), foi reformada e os equipamentos modernos facilitam o manejo dos animais. Ele só conseguiu fazer tudo isso com um financiamento de R$ 100 mil que deve começar a ser pago em janeiro do ano que vem.
– O leite no mercado vem disparando de preço já faz uns quantos meses e para nós são cinco meses sem um centavo de aumento. E não há previsão de melhora. Se continuar do jeito que está, nós não vamos pagar o financiamento. Não temos como – lamenta ele.
Os vizinhos de Giachini enfrentam o mesmo problema. Todos vivem no interior de Viamão.
– O preço do leite hoje não paga o custo. A gente está pagando para trabalhar. Se a gente não trabalha de 12 horas a 15 horas por dia hoje, até o rancho do fim do mês não sai mais – constata o produtor rural Erico Toniolo.
Os produtores de Viamão estão recebendo entre R$ 0,54 e R$ 0,73 pelo litro do leite. É tão pouco, que José Carlos Gonçalves, também morador da região, desistiu de fazer as mudanças que havia previsto.
– Eu fiz o projeto e aí vi que não tinha condições de pagar, em função do preço do leite. Se tiver que fazer as mudanças, devido às exigências, vou ter que parar a produção.
Em menos de três meses, o governo vai exigir que as instalações das ordenhas estejam todas adequadas às exigências do Ministério da Agricultura. As boas condições de higiene são para reduzir quase pela metade a quantidade de bactérias no leite.
– Se o preço não der mais uma reagida, manter a qualidade do leite, que eles exigem, não será fácil – diz o produtor Marcelo Guimarães.
Os produtores que não se enquadrarem nas regras correm o risco de ter o leite recusado pelos laticínios e cooperativas.
14 de abril de 2011 - 09:32h
Autor: Canal Rural
Produtores de leite do sul do país estão enfrentando dificuldades para se adequar a uma determinação do Ministério da Agricultura que busca melhorar as instalações e o modo de trabalho nas propriedades. A medida, chamada de Instrução Normativa 51, começa a valer no dia 1º de julho.
A sala de ordenha na propriedade do produtor rural Edgar Giachini, de Viamão (RS), foi reformada e os equipamentos modernos facilitam o manejo dos animais. Ele só conseguiu fazer tudo isso com um financiamento de R$ 100 mil que deve começar a ser pago em janeiro do ano que vem.
– O leite no mercado vem disparando de preço já faz uns quantos meses e para nós são cinco meses sem um centavo de aumento. E não há previsão de melhora. Se continuar do jeito que está, nós não vamos pagar o financiamento. Não temos como – lamenta ele.
Os vizinhos de Giachini enfrentam o mesmo problema. Todos vivem no interior de Viamão.
– O preço do leite hoje não paga o custo. A gente está pagando para trabalhar. Se a gente não trabalha de 12 horas a 15 horas por dia hoje, até o rancho do fim do mês não sai mais – constata o produtor rural Erico Toniolo.
Os produtores de Viamão estão recebendo entre R$ 0,54 e R$ 0,73 pelo litro do leite. É tão pouco, que José Carlos Gonçalves, também morador da região, desistiu de fazer as mudanças que havia previsto.
– Eu fiz o projeto e aí vi que não tinha condições de pagar, em função do preço do leite. Se tiver que fazer as mudanças, devido às exigências, vou ter que parar a produção.
Em menos de três meses, o governo vai exigir que as instalações das ordenhas estejam todas adequadas às exigências do Ministério da Agricultura. As boas condições de higiene são para reduzir quase pela metade a quantidade de bactérias no leite.
– Se o preço não der mais uma reagida, manter a qualidade do leite, que eles exigem, não será fácil – diz o produtor Marcelo Guimarães.
Os produtores que não se enquadrarem nas regras correm o risco de ter o leite recusado pelos laticínios e cooperativas.
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