Um prédio comercial desabou na avenida 13 de Maio, centro do Rio de Janeiro, por volta das 20h30 desta quarta-feira. De acordo com os bombeiros do Quartel Central, houve uma explosão seguida do desabamento parcial do prédio, situado próximo da sede da Caixa Econômica Federal. Os bombeiros foram ao local e havia forte cheiro de gás. A área foi isolada e outro prédio vizinho ameaçava cair. Às 22h10, três vítimas com ferimentos leves haviam sido atendidas no hospital Souza Aguiar e máquinas da prefeitura chegavam ao local do desabamento para ajudar no resgate.
De acordo com o analista de sistemas Fernando Amaro, que trabalha na construção que caiu, que teria entre 10 e 15 andares, as atividades no edifício encerrariam às 21h, então ele acredita que muitas pessoas já teriam ido embora, mas diz que um treinamento em sua empresa de informática se estenderia até esse horário, e ao menos seis de seus colegas estão desaparecidos. Bombeiros seguem trabalhando nos escombros, mas não há informações sobre o número de vítimas.
Amaro trabalhava no quarto andar da edificação que chegou a ver desabar após escutar um estalo. "Foi tudo muito rápido. Vi o porteiro sair correndo gritando e daí o prédio começou a ruir. Foi muita sorte ele ter se salvado", afirmou, empoeirado.
No saguão do prédio funcionavam uma agência do banco Itaú e uma padaria. Nas proximidades também fica o tradicional bar Amarelinho, que reúne políticos, artistas e jornalistas há décadas. A Defesa Civil municipal confirmou há pouco que há feridos, mas não soube precisar a gravidade das vítimas.
Por causa de vazamento de gás, as avenidas Rio Branco chegou a ficar interditada, mas foi liberada. Já a rua Evaristo da Veiga e avenidas Chile e Almirante Barroso seguiam bloqueadas. A Linha 1 do Metrô estava parada. As pessoas que tiveram os carros atingidos pelos escombros entregavam as chaves aos policiais. Estes retiravam apenas veículos que foram menos danificados, ao passo que aqueles situados na zona de maior perigo não eram removidos.
O prefeito da cidade, Eduardo Paes, foi para o local para acompanhar a repercussão da tragédia. O secretário municipal de Conservação dos Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, também chegou à região. A Secretaria de Estado de Saúde colocou em alerta todos os hospitais da rede pública estadual as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca e Botafogo, que são as mais próximas. Dois fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ) acompanham os trabalhos para buscar as causas do desabamento.
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