Governo anuncia corte de R$ 50 bi no Orçamento
Programas sociais e investimentos serão mantidos
Luciane Kohlmann | Brasília (DF)
O governo prometeu um controle maior na folha de pagamento dos servidores públicos. Na próxima semana Dilma Rousseff deve publicar um decreto proibindo também a compra, reforma ou aluguel de novos imóveis. A presidente ainda vai exigir que as despesas com diárias e passagens sejam cortadas pela metade em todos os Ministérios.
O governo anunciou o corte de R$ 50 bilhões no orçamento deste ano. Programas sociais e investimentos serão mantidos. Com a economia aquecida, a preocupação do Palácio do Planalto agora é manter este ritmo de crescimento. Para isso, a equipe econômica elaborou um plano de consolidação fiscal.
O governo prometeu um controle maior na folha de pagamento dos servidores públicos. Na próxima semana Dilma Rousseff deve publicar um decreto proibindo também a compra, reforma ou aluguel de novos imóveis. A presidente ainda vai exigir que as despesas com diárias e passagens sejam cortadas pela metade em todos os Ministérios.
Outra medida será aumentar a eficiência dos gastos, reduzindo, por exemplo, o consumo de luz e água. Alguns setores não serão atingidos, como o programa de aceleração do crescimento.
— Nós vamos reduzir gastos de custeio para, primeiro, preservar os programas sociais, todos os programas sociais estão mantidos, e para garantir a expansão dos investimentos — declarou o ministro Guido Mantega.
O ministro da fazenda reafirmou a meta de inflação de quatro e meio por cento, mas admitiu que os alimentos seguem sendo os vilões.
— Nós não vamos mudar o preço do petróleo em Nova York, nós não vamos mudar o preço do trigo que é definido pelas bolsas internacionais. Tudo isso está fora do nosso alcance. O que nós podemos é aumentar a oferta de produtos agrícolas brasileiros, arroz, feijão, que não são commodities, mas que também possam ter influído. Mas a carne também é commoditie, daí por diante. O governo estará fazendo todo esforço para encaminhar essa inflação para a meta — ressaltou.
Na próxima semana serão definidos os cortes em cada Ministério.