Por Maria Golovnina e Michael Georgy
TRÍPOLI (Reuters) - Aviões do Ocidente lançaram ataques aéreos contra tanques e artilharia do líder líbio Muammar Gaddafi que cercavam a cidade de Misrata nesta quarta-feira, após um almirante dos EUA afirmar esses seriam os próximos alvos da operação.
Em tom desafiador, Gaddafi, que enfrenta uma quarta noite de ataques aéreos contra a Líbia, afirmou que aqueles que atacam o país são "um bando de fascistas" que terminarão na lata de lixo da história.
Os tanques de Gaddafi dispararam contra a cidade rebelde de Misrata, no oeste, matando dezenas de pessoas, e atacaram Zintan, perto da fronteira com a Tunísia, apesar de um cessar-fogo anunciado pelas forças líbias, disseram moradores e rebelados.
Forças ocidentais começaram a atacar tanques das forças de Gaddafi e, antes dos ataques, o contra-almirante Peg Klein, comandante do grupo de ataque expedicionário a bordo do porta-aviões norte-americano USS Kearsarge na costa líbia, alertou que eles seriam os alvos nessa nova etapa da ofensiva.
"Estamos autorizados, e o presidente estabeleceu o nexo entre a resolução do Conselho de Segurança e o que considera nosso mandato legal para atacar esses tanques. Por isso esse é o tipo de alvo que nossas aeronaves vão mirar", disse
Sami, um morador de Misrata, disse à Reuters por telefone na terça-feira: "A situação é relativamente calma, mas atiradores de elite ainda estão posicionados nos telhados dos edifícios."
"Ouvimos um som esta manhã, mas não sabemos se foi um bombardeio de tanques ou uma explosão causada por ataques aéreos."
O poder de fogo do Ocidente manteve os aviões de guerra de Gaddafi no solo e expulsou suas forças dos limites do reduto rebelde de Benghazi, mas elas ainda têm atacado refúgios dos rebeldes que lutam para depor seu governo de 41 anos.
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